Oh! Meu
Deus,
Meu Pai amado,
Onde foi que deixei,
Onde foi que enterrei o meu passado?
Somente ele pode explicar,
Tudo
o que eu tenho vivido,
Tudo
o que eu tenho sofrido,
Tudo
o que eu tenho passado,
Só ele pode explicar,
Porque nesta vida, nada dá certo, tudo
dá errado,
Porque que eu vivo caindo, vivo machucado,
Porque no meu caminho não existem flores,
É pedra e espinho por todo lado,
É tanta dor, tanto ódio, tanta
dificuldade,
Todo dia é um terremoto, um duelo, uma
tempestade,
Só ele pode explicar,
Porque eu vivo sozinho, abandonado,
Porque ninguém me dá carinho, nem atenção,
Porque ninguém me
escuta, me procura,
Porque sou sempre ignorado,
Porque só me dizem não,
Porque todos fogem de mim,
Porque ninguém me ama,
Ninguém se aproxima do
meu coração,
O nosso presente é uma árvore,
Que tem as raízes cravadas no
passado,
Ele não pode ser ignorado,
Nem desprezado,
São páginas do mesmo livro de nossa vida,
As dores de hoje são de antigas feridas,
O passado nunca morre,
Apenas fica calado ou adormecido,
Ele não pode ser mudado,
Nem apagado,
Apenas
esquecido,
É somente no fim da
vida.
Que o seu começo é revelado,
A morte é a luz que mostra tudo
que um dia fizemos,
O certo e o errado,
Oh! Meu Pai amado,
Que enterrei o meu passado?
Olho
prá trás e tudo é nublado,
A
gente não lembra, não vê, não escuta,
Ele parece
tão longe,
Mas ele
sempre caminha ao nosso lado,
Ele nunca morre,
Fica apenas escondido, camuflado,
Cada nascimento é uma borracha, que deixa o
pensamento apagado.
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