Olhando uma
gaiola,
E escutando o
passarinho,
Pensamos que o seu canto é de felicidade,
Mas os seus olhos nos mostram uma triste realidade,
O que parece um canto,
É apenas um pedido de liberdade,
Vindo do seu pequeno coraçãozinho,
O seu dono até
pensa que ele é feliz,
Porque todo dia lhe coloca no sol,
Lhe dá água e um pouco de ração,
Para o dono a gaiola é uma bonita casa,
Para o passarinho é um castigo, uma prisão,
Cada canção solta
assim pelo ar,
É uma súplica,
uma oração
É apenas a sua
forma de chorar,
Um
agradecimento à vida,
Uma saudade de
voar,
Deus deu as
asas,
A liberdade e
o ar,
Deu a beleza e
a inspiração,
E o dom de
cantar,
Aí então, veio
o Homem,
Inventou a
gaiola,
Que do mundo,
É a menor e
mais injusta prisão,
Ninguém pode
ser feliz,
Tendo asas e
ser impedido de voar,
Sonhar com um
ninho,
E lá não poder
morar,
É,
Quantas vezes pensamos assim,
Quantas vezes agimos assim também,
Querendo proteger
E impedir de sofrer,
Quem tanto queremos bem,
Queremos escolher apenas os bons caminhos,
Proteger de todos os espinhos,
Desviar dos obstáculos,
Ser seu abrigo,
Afastá-lo do perigo,
Cada
um de deve....
Preparar
o seu próprio remédio,
Caminhar
com os próprios pés,
Voar com as próprias asas,
Navegar
com o seu próprio barco,
Plantar com as suas próprias mãos,
Lutar a sua guerra,
Entender
que para chegar ao Céu,
Deve
muito caminhar pela Terra.
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