domingo, 21 de abril de 2013

Um pequena prisão


Olhando uma gaiola,
E escutando o passarinho,
Pensamos que o seu canto é de felicidade,
Mas os seus olhos nos mostram uma triste realidade,
O que parece um canto,
É apenas um pedido de liberdade,
Vindo do seu pequeno coraçãozinho,

O seu dono até pensa que ele é feliz,
Porque todo dia lhe coloca no sol,
Lhe dá água e um pouco de ração,
Para o dono a gaiola é uma bonita casa,
Para o passarinho é um castigo, uma prisão,

Cada canção solta assim pelo ar,
É uma súplica, uma oração
É apenas a sua forma de chorar,
Um agradecimento à vida,
Uma saudade de voar,

Deus deu as asas,
A liberdade e o ar,
Deu a beleza e a inspiração,
E o dom de cantar,

Aí então, veio o Homem,
Inventou a gaiola,
Que do mundo,
É a menor e mais injusta prisão,

Ninguém pode ser feliz,
Tendo asas e ser impedido de voar,
Sonhar com um ninho,
E lá não poder morar,

É,
    Quantas vezes pensamos assim,
    Quantas vezes agimos assim também,
    Querendo proteger
    E impedir de sofrer,
    Quem tanto queremos bem,

    Queremos escolher apenas os bons caminhos,
    Proteger de todos os espinhos,
    Desviar dos obstáculos,
    Ser seu abrigo,
    Afastá-lo do perigo,





Cada um de deve....    
                                          Preparar o seu próprio remédio,
                                          Caminhar com os próprios pés,
                                          Voar com as próprias asas,
                                          Navegar com o seu próprio barco,
                                          Plantar com as suas próprias mãos,
                                          Lutar a sua guerra,
                                          Entender que para chegar ao Céu,
                                          Deve muito caminhar pela Terra.     
                                                                  

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